terça-feira, 25 de maio de 2021

Degraus errados





















Tolentino, vivendo,

vinha errante desde há muito;

vivências tempestuosas, embaladas loucas



- começara a subir degraus errados,

crendo que ia ao patamar dos sonhos...



Tolentino nesta onda mergulhou fundo;

álcool, fumo, pó, pedra e mais

- são inflamáveis, dão combustão;

vem uma faísca, dá explosão...



Mas como insinuam-se felizes as luzes,

apesar de tudo que emitem em seus focos

seu sonho então cresceria intenso

inexorável

iam fazendo-se apoucadas

essas amarras ruinosas em sua vivência



E a oposição, tirando seu partido,

fomentava sua derrota;

sendo alvo móvel na massa útil,

ia se fazendo mais um bode expiatório.


Se virou pra se sair de problema

- nesse campo minado, cada passo

tinha que ser bem pensado -

passou seus sonos induzidos,

suas terapias de acomodação ,

cultuando seu singelos sentimentos

sob pesadas condições;


indignava-se vendo seu amor

sob o peso de toda pressão;

mas tomava tudo um acidente de percurso...



Dando um tempo,

repensou, repensou-se,

assimilou, assimilou-se,

entendeu, entendeu-se;

conciliou-se... desencucou-se

desatrapalhou-se

readaptou-se;

reciclou-se,

recompôs-se ,

e administra-se,

desde capital tenência tomada,

em acertada atitude...


Não esperava santo milagre

mas fazia por onde , indo até o fim ;

imaginando alternativas;

resistindo, insistindo

no seu sonho tanto,

engatando plano B, plano C ;

plano Z que viesse a ser ;

querendo ainda e sempre mais;

tentando mais.


Tanta experiência

se fez então em suficiência

para ser um novo,

para ser completo,

sem desfaçatez ;

pra recomeçar de vez,

que o tempo é um só.


Subsistindo no ideal

para inserir a verdade

em tantos tons da sua fala

no seu ofício, sendo duro

nesta queda.

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