terça-feira, 25 de maio de 2021
Voando longe
Sá Menina se pergunta por Izaltino,
e pensa curiosa do que feito lhe é.
Bem sei eu de Izaltino,
que lhe tenho visto muito ultimamente
e desde seus primórdios neste mundo
desencontrado...
pois Izaltino é vivo e está sabendo;
no jogo da morte perdeu a inocência.
Izaltino conserva seu sorriso,
mas tem também o que chorar;
não chora como um infeliz sem paz
mas tem lá suas dores,
de sacanagens do mundo.
Izaltino, vencendo a loucura,
redobrou sua lucidez;
Izaltino tem lá um seu tesouro,
que encontrou pelo mapa do seu destino,
se aventurando sem nada,
Pobretão da Silva no mundo.
Seu lar é iluminado , proteteor
- morada de bloco forte e reboco reforçado -
solevado que é de morador de rua,
com seus sacizeiros e tantos mais...
Izaltino não foi dono do seu
quando bêbado na balada,
mas segue curtindo o Cuoco,
e também se amarra num ‘capim novo’,
como o ‘cavalo velho’ do Gonzaga.
Do seu viver pelo amor,
de suas sementes lançadas,
se geraram brotos
que floram formosos e belos.
Izaltino vive uma vida positiva,
natural, na moral;
sem drogas lícitas ou ilícitas,
nem mais jogo...
Vai praticando seu esporte,
nem gordo nem magro,
vai tentando se manter em forma...
Izaltino não vive coçando,
mas é um tremendo de um trabalhador;
não mais aquele vagabundo sonhador...
Izaltino não se aquietou no seu tanto querer;
andou pra Dedéu - e ainda anda -
como formiga que queria voar,
criando asas...
E voa longe com as suas artes;
faz isso e aquilo e aquilo outro;
aprontando umas e outras,
transa umas...
Izaltino é muito viajado;
plantado na sua cidade,
Izaltino aparece pra todo mundo ver;
quem não o conhece ,
quem não o conheceu,
o deverá conhecer,
ou se não quiser ,
ou se morrer...
Izaltino não se fez
um porco condenado,
mas gato do mato...
Quase boca de se foder...
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