De Saturnino tanta droga,
a curtir as altas sensações,
dos sensibilizados sentidos,
a propiciar viagens astrais
no seu paraíso intocável,
da vida boa, de alegrias
- pois camuflando um trauma,
que dilatava-se mais e mais,
pois eram as drogas
como algo a empanar
o que se há de potencialmente mal em si
a desenvolver-se ; a se evoluir para o nefasto,
e isso lhe era a contento,
na veleidade de fazer vista grossa
quanto aos efeitos anunciados e difundidos;
como que para passar ao largo
sem qualquer má consequência
no termo da sua problemática complexidade
do trauma em dilatação
em seu interior
- só cogitava o brilho estelar;
o resultado positivo disso,
que a sorte não lhe negaria;
pensava como um jogador;
e ademais tinha um alguém que lhe passava
na vida como um tornado,
e lhe abalou a razão,
remetendo-lhe à escuridão.
Desse trauma incipiente ,
o qual então dissimulado
mas não nulificado
subsistindo ali em dilatação
não seria refreado ou neutralizado,
e num salto intentado, explodiu,
transbordou, o tomou;
o arrasou e o seu mundo;
transformando o bom que via.
Agora era só desgosto,
desamor,
infernação
, problemática;
desvalor
em seu ser decaído.
O amor dos seus tenta,
e até aos Céus clama,
que é caso de vida ou morte;
é caso de morto-vivo...
Porque também se levantam;
se reconstroem;
até voam...
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